nunca fui tão debitado pela sua paixão
sua ganância de me querer à vista
essa generosidade de não cobrar juros
do beijo meu
sempre me fez economizar afetos
num planejamento concreto
do que vai ser a longo prazo
me penalizo do risco
de sempre investir no acaso
não sei se no fundo dos meus investimentos
nisso tudo
a bolsa que eu
trago
de importante se descostura
e deixa cair a crise
sobre a qual assinamos concordata
sinto uma palpitação chata
que taquicardiza essa figura
chamada meu coração
rogo para que o déficit coronariano
cicatrize
e no superávit da minha ilusão
você volte para os braços da usura
e que o nosso produto interno seja bruto
uma tremenda exportação de prazeres
e tudo que for importado seja sem tributo
vinho, queijo, pão
e este ar que me falta?
essa inflação de O2, de nós dois
essa economia de dizeres
que me ama
tudo isso interroga a pressão
dos meus investidores arteriais
não serão os meus ais
que penalizarão o nosso ato
mas se o meu débito for perdoado
um largo crédito cardíaco
será dilatado sem juros
cá dentro do peito
e tudo que me é de direito
será socializado
e o nosso amor
será considerado
estado
Arrasô!
ResponderExcluirbj, minha querida.
ExcluirMeu caro, você pagou à vista!
ResponderExcluirGustavo, só poderei conferir isso na próxima fatura.
ResponderExcluirAlfredinho sempre contará com nosso crédito cardíaco sem economias. Abcs do Pedrinho
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